Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:
Tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado. Há tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir. Há tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar. Há tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempos para dar abraços, e tempo para apartar-se. Há tempo para procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora. Há tempo para rasgar, e tempo para costurar, tempo para calar, e tempo para falar. Há tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz.
Que proveito tira o trabalhador de sua obra?
Eu vi o trabalho que Deus impôs aos homens:
Todas as coisas que Deus fez são boas, a seu tempo. Ele pôs, além disso, no seu coração a duração inteira, sem que ninguém possa compreender a obra divina de um extremo a outro. Assim eu concluí que nada é melhor para o homem do que alegrar-se e procurar o bem-estar durante sua vida, e que comer, beber e gozar do fruto de seu trabalho é um dom de Deus.
Reconheci que tudo o que Deus fez subsistirá sempre, sem que se possa ajuntar nada, nem nada suprir. Deus procede desta maneira para ser temido. Aquilo que é, já existia, e aquilo que há de ser, já existiu; Deus chama de novo o que passou. Debaixo do sol, observei ainda o seguinte: a injustiça ocupa o lugar do direito, e a iniquidade ocupa o lugar da justiça. Então eu disse comigo mesmo: Deus julgará o justo e o ímpio, porque há tempo para todas as coisas e tempo para toda a obra.
(Eclesiaste 3, 1:17)