Metade do ano já se passou, e da noite também. São quase quatro da madrugada, e seu sono vem em pedacinhos miúdos e quebradiços. Está frio e seus olhos estão inchados, lacrimejantes e avermelhados, justificados pela insônia que insiste em deitar em sua cama, e na esperança de conseguir dormir ao menos este resto de noite, você pega a matéria de cálculo II que terá prova daqui a duas semanas para já ir estudando, já que cálculo II são as últimas aulas das sextas-feiras a noite e que consegue fazer com que todos os alunos entrem em estado de bocejamento profundo e dormência, mas as tentativas de fazerem com que as horas passem ou simplesmente adormecer sobre seus livros, são em vão.
E você se pega sentada aí na cama, em meio a livros e papéis, sem estudar diferencial e integral e sem dormir, apenas olhando para aquela parede branca sonsa, que está a sua frente, feito uma estátua, ou simplesmente como boba mesmo. Quem te olha desta maneira, tem a impressão de que você está dormindo de olhos arregalados ou que te lançaram um feitiço.
Amanhece. No despertador já são quinze para as sete, e para não ter que ir trabalhar com cara de zumbi, você toma um banho bem gelado e lava bem o seu rosto. No trabalho, é simpática com todos os clientes, mesmo com seu coração inundado de tristeza, e a sua vontade é de não estar ali, vontade de ir no trabalho dele, entrar de sopetão na sala onde estão várias pessoas que você nunca viu na vida, e gritar com toda sua força que o ama, que a distância entre vocês torna sua vida sem sal, vontade de dizer a ele que o quer por perto, e que as cinco quadras que separam as casas de vocês são cinco quadras imensas e que às vezes, tem a impressão de que você mora no Brasil e ele no Japão, vontade de dizer que a luz do olhar dele te faz querer ser uma pessoa cada vez melhor, dizer que a doce voz dele sussurando está gravada em seu ouvido e que ele é extremamente sexy quando acorda de manhã e te serve o café da manhã que ele mesmo preparou.
E derepente seu chefe chega pedindo um relatório, questiona sua aparência hepática, e você sorri, forçadamente, e justifica dizendo que é a rinite alérgica que te atacara esta noite, mas logo estará melhor.
Aaah... Rinite, rinite, rinite... Rinite de mãos fortes e um sorriso maravilhoso.
Amanhece. No despertador já são quinze para as sete, e para não ter que ir trabalhar com cara de zumbi, você toma um banho bem gelado e lava bem o seu rosto. No trabalho, é simpática com todos os clientes, mesmo com seu coração inundado de tristeza, e a sua vontade é de não estar ali, vontade de ir no trabalho dele, entrar de sopetão na sala onde estão várias pessoas que você nunca viu na vida, e gritar com toda sua força que o ama, que a distância entre vocês torna sua vida sem sal, vontade de dizer a ele que o quer por perto, e que as cinco quadras que separam as casas de vocês são cinco quadras imensas e que às vezes, tem a impressão de que você mora no Brasil e ele no Japão, vontade de dizer que a luz do olhar dele te faz querer ser uma pessoa cada vez melhor, dizer que a doce voz dele sussurando está gravada em seu ouvido e que ele é extremamente sexy quando acorda de manhã e te serve o café da manhã que ele mesmo preparou.
E derepente seu chefe chega pedindo um relatório, questiona sua aparência hepática, e você sorri, forçadamente, e justifica dizendo que é a rinite alérgica que te atacara esta noite, mas logo estará melhor.
Aaah... Rinite, rinite, rinite... Rinite de mãos fortes e um sorriso maravilhoso.
(Juscélia Maruti Milagres)
o amor faz a gnt ficar aéreo néh :/
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