Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo
Doido de gritar
Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha
Da sala de estar
Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha
Da sala de estar
Venho de madrugada
Perturbar teu sono
Como um cão sem dono
Me ponho a ladrar
Atravesso o travesseiro
Te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço
Faço ela rodar
Atravesso o travesseiro
Te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço
Faço ela rodar
Se que não sou santa
Às vezes vou na cara dura
Às vezes ajo com candura
Pra te conquistar
Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura
Só pra te agradar
Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura
Só pra te agradar
Vim parar nessa cidade
Por força da circunstância
Sou assim desde criança
Me criei meio sem lar
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra comer você!
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
...
Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo
Doido de gritar
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...
Pra te abandonar...
Composição: Totonho Villeroy
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