sábado, 7 de junho de 2014

Garganta (Música)


Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo
Doido de gritar

Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha
Da sala de estar

Minha garganta arranha
A tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha
Da sala de estar

Venho de madrugada
Perturbar teu sono
Como um cão sem dono
Me ponho a ladrar

Atravesso o travesseiro
Te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço
Faço ela rodar

Atravesso o travesseiro
Te reviro pelo avesso
Tua cabeça enlouqueço
Faço ela rodar

Se que não sou santa
Às vezes vou na cara dura
Às vezes ajo com candura
Pra te conquistar

Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura
Só pra te agradar

Mas não sou beata
Me criei na rua
E não mudo minha postura
Só pra te agradar

Vim parar nessa cidade
Por força da circunstância
Sou assim desde criança
Me criei meio sem lar

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra comer você!

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
...

Minha garganta estranha
Quando não te vejo
Me vem um desejo
Doido de gritar

Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha
É pra depois te abandonar...

Pra te abandonar...


Composição: Totonho Villeroy

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